"Educação sem Machismo" debate questões de gênero no Campus Panambi
Na sexta-feira (04), o Campus Panambi sediou o evento “Educação sem Machismo”, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Procuradoria Especial da Mulher e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM).
Com o objetivo de discutir a educação a partir de uma perspectiva de equidade entre homens e mulheres, participaram da mesa de abertura a Sra. Elizabete Farias, Secretária de Habitação, Trabalho e Ação Social, representando o Sr. Prefeito, o Sr. Augusto Albuquerque Moura, Capitão da Brigada Militar, a Sra. Vânia Patrícia da Silva, representando a Secretaria Municipal de Educação, a Sra. Alice Linn, Presidenta do Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres de Panambi, e o Sr. Alessandro Callai Bazzan, Diretor Geral do Campus Panambi. Nas falas de abertura, destacou-se a importância e relevância do debate no sentido de praticar uma educação que não reitere as construções sociais que limitam e engessam as atuações do masculino e do feminino, sobretudo na escola.
Após as falas de abertura, Manuela D’Ávila, Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, ponderou, entre outros temas, que não deveriam existir dois grandes grupos de pessoas (masculino e feminino, com uma série de papéis e expectativas pré-estabelecidos por um sistema generificado), e sim um único grupo, de seres humanos. Para subsidiar sua fala, trouxe dados sobre violência doméstica, mulheres no mercado de trabalho e também no ensino superior. Sua fala foi seguida pela professora Sylvia Messer, docente do Campus Panambi, que abordou a evolução biológica da sexualidade e como nos tornamos homem ou mulher através da cultura, que constrói historicamente os papéis de cada indivíduo, refletindo em orientações sobre o que um menino ou menina pode ou não fazer, com destaque para exemplos relacionados à educação. Por fim, Patrícia Nogueira, Assistente Social e Coordenadora do Centro de Referência da Mulher de Panambi, trouxe dados e casos de atendimento no Centro de Referência, enfatizando o papel do acolhimento e condução das vítimas. Enfatizou que os números apresentados não são achismo, e sim a comprovação de que a discriminação de mulheres é um dos principais fatores que levam aos casos de violência atendidos por ela.
O evento finalizou com a participação do público, que elaborou perguntas e comentários sobre os temas expostos, sinalizando que o diálogo é uma importante ferramenta para envolver homens e mulheres na prática de uma educação igualitária, que procura quebrar paradigmas e construir novas identidades que possibilitem tanto a homens quanto a mulheres, ou a qualquer gênero, liberdade de vida, de pensamento e de expressão.
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