Redação de aluna do Técnico em Edificações recebe menção honrosa
A redação intitulada "A colmeia brasileira", de Luana Taís Puhl Schneider, 16 anos, aluna do 2° ano do curso técnico em Edificações Integrado, recebeu menção honrosa no 2° Concurso de Redação promovido pela URI e a Academia de Letras de Santo Ângelo. O concurso teve como tema "O que eu posso fazer, enquanto cidadão brasileiro, por um Brasil melhor?", e recebeu centenas de textos de 17 municípios da região. Luana contou com a orientação da professora Dra. Vejane Gaelzer e recebeu o Certificado de Honra ao Mérito no domingo, dia 30 de outubro, nas dependências da URI Santo Ângelo.
https://iffar.edu.br/noticias-sr/item/2831-reda%C3%A7%C3%A3o-de-aluna-do-t%C3%A9cnico-em-edifica%C3%A7%C3%B5es-recebe-men%C3%A7%C3%A3o-honrosa#sigProIdcabe56ba84
A redação pode ser conferida abaixo:
A colmeia brasileira
A luta do povo brasileiro para conquistar o direito à democracia foi árdua. No período em que se governava através do poder real, a intervenção do povo na conduta dos governantes era limitada. Entretanto, a participação dos cidadãos é de suma importância, não apenas em período de eleições, mas também, através do exercício cotidiano da cidadania.
A Constituição Brasileira de 1988 é uma valorosa conquista social, segundo a qual “Todo o poder emana do povo”, bem como o direito ao voto, oficializado no artigo 14º e o artigo 3º, que estabelece os deveres inerentes aos líderes do país, entre os quais, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades. Sabemos que o governo é responsável por satisfazer as necessidades da população, mas cabe aos cidadãos usufruir corretamente desses recursos, o que não vem acontecendo efetivamente e percebemos isso através das práticas sociais que devem ser abolidas, como o desrespeito ao patrimônio público, vandalismo, altos índices de criminalidade e toda forma de conduta imoral que gera inúmeros problemas para o governo e para a própria população. Afinal, esses impasses não serão extintos, apenas, com o reforço da segurança, mas com a mudança de atitudes individuais, em favor de uma vida mais digna e igualitária. Porque o dinheiro público vem dos impostos e deve ser destinado a suprir as demandas da população, não para sustentar os criminosos e, tampouco, os políticos que elegemos. Devemos lembrar que “O que não for bom para a colmeia também não é bom para a abelha”, como já disse Montesquieu, pois ao descumprir os próprios deveres e ao se tornar um eleitor passivo, o indivíduo prejudica toda a sociedade.
Não é utópico acreditar em um Brasil melhor, mas é imprescindível rever nossa conduta moral, priorizando a valorização dos direitos humanos e o exercício da cidadania, principalmente na política. Devemos seguir o exemplo das abelhas e a educação é um fator inerente a essa mudança cultural, que deve ser instituído no âmbito familiar e escolar, cultivando seres humanos capazes de trabalhar em conjunto e para o bem da colmeia.
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