Discutir e validar tecnologias novas ou tradicionais para o desenvolvimento das frutas nativas, com destaque para o Butiá Yatai, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul foi o objetivo do encontro realizado no dia 14 de novembro, no auditório do IFFar Campus Santa Rosa. A organização do evento foi uma iniciativa da Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (Arede) em parceria com o IFFar, e reuniu entidades e produtores da região dispostos a qualificar os processamentos de frutas nativas de remanescentes florestais ou sistemas agroflorestais, entre elas jabuticaba, gabiroba, araçá, manga, pitanga, butiá entre outras.

Em um primeiro momento foram apresentados os desafios que a cadeia produtiva encontra atualmente, como a formalização das agroindústrias na região, o armazenamento e circulação da produção de polpas, o volume de produção, eventos e a busca de novas formas de comercialização em um contexto de conservação e exploração sustentável. Segundo o engenheiro agrônomo André Camargo da Rocha, as frutas nativas vêm ganhando importância e oferecendo um maior leque de oportunidades aos produtores, mas ainda apresentam muitos problemas técnicos e comerciais.

Em seguida, a professora do IFFar, Dra. Joseana Severo, apresentou a pesquisa que está sendo desenvolvida no Instituto utilizando o butiá no intuito de produzir uma padronização da polpa. A partir da análise das polpas de butiá doadas pelos produtores, o grupo de pesquisadores elaborou testes de aceitabilidade, mediu os compostos fenólicos, carotenoides, antioxidantes e teores de açúcar.

Participaram do encontro entidades como Emater/RS-Ascar, Central de Cooperativas Unicooper, Associação Ecobutiá e Fundação Luterana de Diaconia (FLD). A diretora de Pesquisa, Extensão e Produção do IFFar Campus Santa Rosa, Adriana Michelotti,  diz que uma série de encontros e eventos estão previstos para troca de experiências e informações, para que haja avanços na disfusão do conhecimento dessas frutas.