Egresso do Agronegócio vira empreendedor, aplicando as técnicas aprendidas durante o Curso
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Adir Pauli foi aluno do Curso de Tecnologia em Agronegócio do Campus Santo Augusto, de 2010 a 2014. Ele realizou o sonho de montar uma agroindústria para processar minimamente a mandioca, e comercializá-la pré-cozida, a fim de agilizar seu preparo. O produto já é comercializado em Santo Augusto e outras cidades da região Celeiro, com ótima aceitação.
A ideia de empreender na área agroindustrial foi surgindo naturalmente, a cada aula. Cogitava-se realizar o trabalho de conclusão de curso com um plano de negócio de implantação de uma agroindústria para o processamento da mandioca, um produto de origem da agricultura familiar. Para isso, até mesmo estudos sobre o planejamento financeiro sobre a viabilização do projeto começaram a ser colocados em prática.
A partir da disciplina de Projetos Agroindustriais, ministrada pelo Prof. Leandro Sperotto, a ideia tomou corpo, já que foi levantada a proposta de desenvolver um plano de negócio com a apresentação e desenvolvimento de um produto inovador. Assim, o projeto que já vinha sendo planejado para um trabalho de conclusão de curso foi aberto ao grupo. Desenvolveu-se um plano de negócio, que veio a ser apresentado no final do semestre, com exposição e degustação de alguns produtos alvos da empreitada, e a aceitação foi excelente.
Agregando o conhecimento que já tinha, com pesquisa, Adir decidiu encarar o desafio de implantar a agroindústria. Iniciou o cultivo, de aproximadamente um hectare, e para o processamento da mandioca, conseguiu um imóvel, que fica na localidade de Pontão da Mortandade, BR 468, município de Campo Novo, RS. Esse imóvel foi concedido pelo município através de concorrência pública.
Com controle de higiene, em instalações previamente planejadas e preparadas para recepção da matéria-prima e industrialização, aprovadas e fiscalizadas pelos órgãos sanitários, a mandioca é pré-cozida e embalada. Para se chegar ao produto pronto para o mercado, vários testes foram realizados, além da troca de experiências com quem já atua na área.
O processo de produção e industrialização, por enquanto, envolve pouquíssima mão de obra – duas pessoas. Inclusive a própria distribuição do produto nas cidades da região, é feita pelo próprio empreendedor, que reconhece: “a aceitação do produto tem sido a esperada, mas em termos financeiros, poderíamos estar melhor, já que quando planejamos o negócio, não esperávamos essa crise pela qual estamos passando agora. Outra coisa que atrapalha é a existência, em muitos supermercados, de produtos não fiscalizados, sem procedência ou licenciamento sanitário”.
Mas, mesmo diante desses obstáculos, o jovem empreendedor espera ampliar o cultivo, de um para dois hectares, já no próximo ano, e também o pessoal envolvido na produção, e a área de abrangência e colocação não só deste, mas de novos produtos no mercado.
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