IV Carijada: tempo e espaço de identidades
A Carijada é um projeto de extensão que foi desenvolvido nos dias 13 e 14 de maio de 2016 no IF Farroupilha Campus Santo Ângelo. A IV edição Contou com a presença de servidores da Instituição, discentes, indígenas da Tekoá Pyaú, comunidade santo-angelense e também alunos do
Curso de Agronomia da UFFS de Cerro Largo, acompanhados da professora Bedati Finoket.
Mais do que preservar patrimônio imaterial e histórico, a Carijada promove um verdadeiro momento cultural que já está tornando-se parte da identificação do Campus e reforça o sentimento de pertencimento ao Instituto pela comunidade.
Neste ano, os alunos do Curso Técnico em Agricultura, que entrou em funcionamento no 1º semestre de 2016, também puderam presenciar e colaborar durante o processo da Carijada. Também os alunos do Curso Técnico em Manutenção e Suporte participaram das atividades, assim como as turmas de PROEJA e os I Semestres de Estética, Enfermagem, Gerência de Saúde e Informática para a Internet. Foram firmadas parcerias com escolas municipais, estaduais e também universidades locais.
Alunos e professores acompanhados do professor Luis Loose, do cacique Anildo e seus companheiros indígenas da Aldeia Tekoá Pyaú, do Sr. Emílio, da Prof. Maria Aparecida, de Ivan Preuss e demais servidores da Instituição, puderam conhecer o local de onde foi feita a poda da erva-mate, fazer o sapeco dos das folhas com os galhos ao fogo, ajudar na montagem dos “macacos” – pequenos feixes de erva amarradas por arame e participaram do processo como momento de aprendizagem durante o dia com roda de viola, causos e chimarrão.
Ivan Preuss explica que o erval é dividido e os galhos que foram podados no presente ano de uma árvore não serão podados novamente pelos próximos 2 ou 3 anos seguintes, pois a árvore precisa descansar. Segundo Maria, para o processo, as árvores em que a colheita for feita, devem estar fora do período de floração, visto que isso deixa o chimarrão mais amargo. O período de poda deve ser entra abril e setembro, antes da floração. Deve se dar pela manhã, durante a lua crescente.
Na noite do dia 13 de maio, por meio de parceria com o GDF Os Farroupilhas, o CTG Tio Bilia e o Piquete Herdeiros da Tradição foram promovidas apresentações artísticas à comunidade acadêmica e aos visitantes. Também aconteceu a tertúlia ao redor do fogo, durante a secagem da erva-mate criando um espaço de troca de culturas enquanto controlavam as chamas no carijo para que a erva não incendiasse.
Na manhã do dia 14 de maio, os alunos dos Eixos de Informação e Comunicação, Recursos Naturais e Ambiente e Saúde compareceram juntamente com a comunidade para o momento de cancheamento e pilagem da erva. Acompanhados da equipe organizadora, as pessoas tiveram a oportunidade de transformar as folhas em erva-mate e levar a quantidade suficiente para encher provar um de chimarrão na carijada e em suas casas.
Foram produzidos em torno de 90 kg de erva-mate, sendo que 80kg foram doados para a Tekoá Pyaú. Cerca de 500 pessoas circularam pelo Campus nestes dias, entre alunos e pessoas da comunidade, envolvidas com o projeto. O trabalho foi acompanhado pela imprensa local e pelo
Portal das Missões que divulgou um vídeo sobre a Carijada. O material está disponível em: http://www.portaldasmissoes.com.br/videos/view/id/345/carijada,-metodo-tradicional-de-fazer-erva-mate-pe.html
Texto produzido com a colaboração de Samuel Müller Forratti
https://iffar.edu.br/noticias-san/item/909-iv-carijada-tempo-e-espa%C3%A7o-de-identidades#sigProIdb4b5b7e20f
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