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Refletir sobre os processos históricos da contribuição de indígenas e negros para a conformação social e cultural do Brasil foi o tema da atividade de formação realizada para servidores do IFFar – Campus Panambi, na quarta-feira (23/10).
A atividade contou com a presença do professor Josei Fernandes Pereira (Unijuí), que abordou a invisibilidade sobre duas das três grandes matrizes de formação da sociedade brasileira (negra e indígena), trazendo dados sobre a segregação, exclusão e apagamento dessas matrizes na cultura gaúcha. No que diz respeito à contribuição indígena, o professor aponta que “sua presença é viva e latente, pois dois traços marcantes de nossa cultura são de origem indígena: o chimarrão e o churrasco campeiro”. No entanto, há uma dificuldade em assumirmos as contribuições desse grupo étnico.
A formação também contou com a colaboração do professor Leandro Jorge Daronco, do IFFar – Campus Santo Ângelo. O professor refletiu sobre o imaginário quanto ao processo formativo histórico da região noroeste e sua implicação para o que ele nomina de “mito da excelência étnica no Rio Grande do Sul”, que privilegia a contribuição de algumas matrizes culturais e promove a invisibilidade e a negação do aporte de atores sociais negros (ou, de uma maneira mais ampliada, negros e indígenas), que atualmente habitam as periferias sociais.
https://iffar.edu.br/component/k2/itemlist/tag/1984-negros#sigProId269983e88d
A atividade foi promovida por integrantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), que possui como objetivo fomentar o debate e estudos sobre as identidades e relações étnico-raciais, especialmente quanto às populações afrodescendentes e indígenas, no âmbito da instituição e em suas relações com a comunidade.
Publicado em Notícias Panambi
- 24/10/18
- 20h28
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