Projeto do IFFar une esporte, inclusão e transformação social em Santo Augusto
O projeto do IFFar Campus Santo Augusto está transformando a prática esportiva em um espaço de inclusão e aprendizado. A Escola de Vôlei em duas línguas, Português e Libras, combina esporte, educação e acessibilidade, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3: Saúde e Bem-Estar.
Realizado nas dependências da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Santo Augusto, o projeto reúne crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, promovendo a prática do voleibol, além da valorização da diversidade e do respeito mútuo. O diferencial? A inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como segunda língua durante os treinos, em uma dinâmica que facilita a comunicação entre a professora, que possui deficiência auditiva, e os estudantes.
Integrantes do projeto Escola de Vôlei em duas línguas: Português e Libras | Foto: divulgação
Inspirado na Praxiologia Motriz, o projeto vai além do jogo. Ele busca fomentar valores como empatia e cooperação entre os participantes, enquanto incentiva um estilo de vida saudável. Com treinamentos semanais de 1h30, os encontros são organizados para promover o aprendizado técnico do esporte e a convivência inclusiva.
A coordenadora do projeto, Maria Esther Gomes de Souza, organiza aulas, orienta os estagiários e conduz os treinamentos, oferecendo uma experiência prática enriquecedora tanto para os participantes quanto para os voluntários, alguns deles oriundos do público atendido pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) do IFFar. Com experiência no esporte, a professora Maria Esther atua como técnica da Seleção Gaúcha de Vôlei de Surdos desde 2019 e foi técnica da Seleção Brasileira de Vôlei de Praia nas Surdolimpíadas Mundiais em 2022, trazendo ao projeto um nível elevado de conhecimento técnico e inclusão no esporte.
Atividades do projeto são realizadas na AABB de Santo Augusto | Foto: divulgação
O impacto vai além das quadras. Pais, responsáveis, estagiários e dirigentes da AABB também são envolvidos na iniciativa, alcançando cerca de 30 pessoas diretamente. Com isso, o projeto fortalece os laços entre o IFFar e a comunidade, ampliando horizontes para futuras parcerias.
Para Maria Esther, a Escola de Vôlei em duas línguas é mais do que uma atividade esportiva: é uma ferramenta de transformação social. “Nosso objetivo é que os estudantes não apenas aprendam o voleibol, mas que se sintam acolhidos em um ambiente onde as diferenças são respeitadas e valorizadas. E, quem sabe, no futuro, queiram se tornar alunos do IFFar”.
Com término previsto para dezembro de 2024, o projeto já deixa um legado importante: mostrar que, com criatividade e sensibilidade, é possível construir pontes entre o esporte, a educação e a inclusão, inspirando novas gerações a sonhar mais alto.
Secom
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