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Professor do IFFar vence Selo de Inovação SBC 2024

Publicado em Terça, 17 de Setembro de 2024, 09h28 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

Um projeto de pesquisa aplicada desenvolvido pelo professor Bruno Siqueira, do Campus São Borja, foi destaque entre 25 propostas no Selo de Inovação 2024 da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). A premiação promove o empreendedorismo e a inovação acadêmica. A pesquisa foi desenvolvida durante um curso de Doutorado Interinstitucional (Dinter).

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Foto: finalistas do Selo de Inovação SBC no COMPUTEC, com o professor Bruno Siqueira, que apresentou o projeto de forma remota

De acordo com o site da SBC, o objetivo do Selo de Inovação é “promover a inovação no ambiente acadêmico premiando projetos desenvolvidos durante a graduação, o mestrado ou o doutorado com potencial de se tornarem inovações tecnológicas”. O evento é realizado anualmente. Em 2024, a premiação ocorreu durante o 44º Congresso da SBC, realizado no mês de julho, em Brasília.

O projeto de pesquisa vencedor desta edição do Selo de Inovação da SBC é do professor do IFFar – Campus São Borja, Bruno Siqueira. Parte da pesquisa foi desenvolvida durante o curso de Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Computação oferecido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o IFFar.

O Dinter é um formato de curso em que uma turma é atendida, em caráter temporário e sob condições especiais, por um programa de pós-graduação reconhecido e já consolidado. O Dinter em Computação teve início em março de 2020, tendo sido o primeiro curso de doutorado a ser oferecido nesta modalidade para servidores do IFFar. A ação foi financiada com recursos do Programa Institucional de Incentivo à Qualificação Profissional em Programas Especiais do IFFar (PIIQPPE).

A proposta apresentada por Bruno Siqueira para o Selo de Inovação tem como título “Orbio: Otimização e Gestão de Missões com Veículos Aéreos Não Tripulados para Dispersão de Agentes no Controle Biológico de Pragas”. Em linhas gerais, a Orbio é uma plataforma que permite gerenciar missões de dispersão de agentes biológicos em plantações com a utilização de drones.

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Foto: turma do primeiro Dinter oferecido a servidores do IFFar durante aula inaugural, realizada em Santa Maria, em 2020

Além do professor Bruno Siqueira, co-assinam o projeto Tauã Cabreira e Marcelo de Souza Moreira, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul); Paulo Roberto Ferreira Júnior, da UFPel; Lucio Jorge, da Embrapa; e Nicholas Rodwell Mathias e Ricardo Antonio de Oliveira Machado, da Birdview Drone Bio Control, startup parceira no desenvolvimento da tecnologia.

Apesar de ter sido desenvolvida durante o curso de doutorado na UFPel, a pesquisa do professor Bruno Siqueira remete a toda a sua trajetória acadêmica e atuação no IFFar. Durante o curso de mestrado, o professor já tinha trabalhado com algoritmos de otimização de rotas. No Campus São Borja, desenvolve pesquisa na área da robótica com quatro alunos bolsistas.

Além disso, Bruno Siqueira coordena a Incubadora de Base Tecnológica e o Laboratório IF Maker do Campus São Borja, é idealizador do torneio de programação BugCup e atua junto ao Desafio de Empreendedorismo do IFFar “Bye Bye Boss”.

Projeto de pesquisa aplicada traz inovações e soluções para o mundo real

De acordo com o professor Bruno Siqueira, a solução apresentada exibe alguns diferenciais em relação a serviços já existentes no mercado. Uma das inovações é o fato de a tecnologia ter sido desenvolvida como um sistema web, ou seja, roda como um site na internet, permitindo que as missões sejam gerenciadas a partir de computadores com baixa capacidade de processamento.

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Imagem: esquema explica o sistema de planejamento de rota do drone e o dispersador que carrega o material biológico - acesse a imagem em alta resolução no final desta notícia (Bruno Siqueira)

Outra característica inovadora do projeto diz respeito aos algoritmos de otimização de rota. A tecnologia foi pensada para ser de fácil aplicação e de baixo custo para os produtores rurais. A ideia é que os agentes biológicos sejam dispersados por meio de drones com custo mais acessível e já homologados pelas agências reguladoras. Este tipo de aeronave tem como uma de suas características a baixa capacidade das baterias, que limita a capacidade de voo em 20 ou 30 minutos, em média.

Além disso, há uma variedade de agentes biológicos para o controle de pragas que podem ser utilizados em diferentes tipos de áreas produtivas. Por esse motivo, a aplicação desses agentes deve ser adaptada conforme a situação, variação dos intervalos, tipo de praga, formato e a quantidades e áreas de cobertura. Isso demanda uma logística complexa, envolvendo múltiplas aplicações.

Para que os drones sejam capazes de executar as missões de dispersão com eficiência, é necessário, portanto, que suas rotas sejam otimizadas especificamente para este fim. A plataforma Orbio garante que os voos realizados pelo drone ocorram com segurança e que a dispersão dos agentes biológicos se dê na medida certa para o melhor controle das pragas.

A terceira diferença fundamental da plataforma Orbio é resultado de uma parceria com a startup Birdview Drone Bio Control. A empresa é especializada na aplicação de biodefensivos com drones. Entre as colaborações da startup está o desenvolvimento do dispersador. É este equipamento que, acoplado aos drones, permite carregar e dispersar os agentes biológicos no campo.

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Imagem: card de divulgação da defesa da tese do professor Bruno Siqueira, que será realizada na próxima terça-feira (24)

A parceria com a Birdview é fruto de um acordo de cooperação com o IFFar. O professor Bruno Siqueira destaca que a parceria permitiu, inclusive, a instalação de uma unidade da empresa na Incubadora de Base Tecnológica do Campus São Borja e a abertura de vagas de estágio para estudantes do IFFar.

Além do desenvolvimento da tecnologia, o projeto de pesquisa prevê sua aplicação prática no mundo real. A plataforma ORBIO está atualmente em processo de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Dessa forma, a pesquisa acadêmica deverá se transformar em um serviço oferecido por meio de um modelo de Software como Serviço (SaaS).

Os interessados poderão adquirir a solução tecnológica por meio de assinaturas, gerenciando eles mesmos a aplicação dos agentes biológicos, ou optar pela contratação de um serviço de consultoria especializado.

Ao site da SBC, o professor Bruno Siqueira destacou o aspecto prático da pesquisa aplicada. “Ao conectar pesquisa e prática, conseguimos desenvolver soluções que atendem às necessidades reais do mercado, contribuindo para o avanço tecnológico e o desenvolvimento econômico. Esse tipo de colaboração é essencial para transformar conhecimento em valor tangível, beneficiando tanto a sociedade quanto o ambiente acadêmico”.

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Secom – com informações da Equipe de Comunicação da SBC

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