No dia 16 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, data escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945. O tema deste ano é “Não deixar ninguém para trás – melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e uma vida melhor”.

            Um dos instrumentos para apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo é o Guia Alimentar para a População Brasileira. Lançado pelo Ministério da Saúde em 2006, com versão atualizada em 2014, o documento constitui-se como uma ferramenta para subsidiar políticas, programas e ações que visem incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população.

            Segundo o guia, alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular de alimentos, de forma socialmente justa,  adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo, sendo referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia, acessível do ponto de vista físico e financeiro, harmônica em quantidade e qualidade e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis. Desse modo, com objetivo de estimular o consumo de alimentos saudáveis e sustentáveis, o guia classifica os alimentos de acordo com o tipo de processamento empregado na sua produção:

1 - Alimentos in natura ou minimamente processados: alimentos obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza ou aqueles que antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. São a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. Incluem frutos, folhas, grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne e leite pasteurizado.

2 - Óleos, gorduras, sal e açúcar: produtos extraídos de alimentos in natura utilizados para temperar e cozinhar, criando preparações culinárias variadas e agradáveis ao paladar. Devem ser utilizados em pequenas quantidades.

3 - Alimentos processados: produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar (ou outra substância de uso culinário como óleo ou vinagre) a um alimento in natura ou minimamente processado. Incluem conservas, pães, biscoitos, bolos caseiros, enlatados, geléias, macarrão caseiro. Seu consumo deve ser limitado.

4 - Alimentos ultraprocessados: contêm quantidades mínimas de alimentos in natura/minimamente processados, e elevadas adições de açúcar, gordura e/ou sal, bem como de substâncias químicas de origem não alimentar (aromatizantes e conservantes). Geralmente apresentam no rótulo mais de 5 ingredientes, com destaque para substâncias cujo nome é difícil de ler ou pronunciar. Devido à composição, seu consumo deve ser evitado, pois estão associados com desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis além de contribuir para aumentar o risco de deficiências nutricionais.

A regra de ouro é: prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados!

IFFar Campus Santo Augusto

Coordenação de Assistência Estudantil - Setor de Saúde