Os estudantes do curso superior de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFFar – Campus Santo Augusto, participaram na noite de segunda-feira, 08 de fevereiro, de uma palestra sobre a importância das vacinas, dentro da disciplina de Saúde Pública, com o tema "Vacinar por quê? Para quê?".

A palestra foi ministrada por Arlete Beatriz Becker Ritt, professora da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Drª em Biologia Celular e Molecular e PhD, Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP-ULBRA, integrante da Coordenação Colegiada do Centro de Pesquisa em Produto e Desenvolvimento – CEPPED e Presidente da Comissão Interna de Biossegurança – CIBio.

_{Professora Arlete}

O sistema imunológico ou imune é formado por diferentes células, tecidos, órgãos e moléculas que tem como objetivo principal, defender o corpo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros. “As vacinas são uma forma de ativar o sistema imunológico, para combater doenças infectocontagiosas. O mecanismo de ação das vacinas é da seguinte forma: Uma forma muito enfraquecida ou totalmente inativada, do agente, que causa a doença é introduzido no organismo; as defesas do organismo entram em ação e passam a gerar anticorpos e memória imunológica; se no futuro o agente ativo da doença atacar o organismo, os anticorpos específicos produzidos pela vacina vão destruí-lo”, explica a professora.

Arlete destacou em sua fala que o Brasil é uma referência global na produção e exportação de vacinas para mais de 70 países, sendo 77% dos agentes biológicos utilizados no país de origem nacional. O Instituto Butantã e a Fundação Osvaldo Cruz são os grandes responsáveis pela pesquisa e pelo desenvolvimento dessas soluções. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as vacinas evitam cerca de 3 milhões de mortes no mundo por ano. Todas as vacinas aprovadas são submetidas a testes rigorosos ao longo das diferentes fases de ensaios clínicos e seguem sendo avaliados regularmente uma vez comercializados.

Para a professora os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos, pois as vacinas interagem com o sistema imunológico e produzem uma resposta imunitária similar ou mais robusta àquela gerada por infecções naturais, mas sem causar adoecimento. “As pessoas não precisam ter medo da vacina do COVID-19 por terem sido produzidas rapidamente. Graças ao esforço da ciência, investimentos e de estarmos em pandemia causada por um vírus muito transmissível, avaliando muitas populações, em muitos lugares e de forma simultânea, foi possível desenvolver vacinas seguras e eficientes em um curto espaço de tempo”.

Arlete destacou ainda o que significa a eficácia de 50% da vacina CoronaVac. “Que você estando imunizado, tem 50% de chance do vírus não se instalar no seu corpo e 50% de chance do vírus se instalar no seu corpo. Se isso acontecer, tens 78% de chance de não apresentar sintomas. Mas se você ficar entre os demais 22%, os sintomas serão leves. Tomando a vacina terá 100% de proteção de que os sintomas sejam leves. Você não terá sintomas graves e você não necessitará de UTI ou de intubação. Não há contraindicação, a vacina é segura. Acreditem no que os cientistas falam, acreditem na ciência, vacinem-se”.

Em anexo podem ser acessados os slides utilizados pela professora. A gravação da palestra pode ser conferida no seguinte endereço: https://youtu.be/T0GDDxOrlOc .