Na última sexta-feira (05/05),  o NUGEDIS junto com o grupo de pesquisa Consciência promoveu uma atividade em forma de palestra/conversa com a professora Monalisa Dias de Siqueira. Monalisa é doutora em Antropologia social e atualmente é pesquisadora vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gênero e Saúde  da UFSM, ela veio trazer a luz alguns conceitos essenciais a educadores e estudantes.

O professor Ênio Grigio, do grupo Consciência destacou a importância dos encontros e o crescimento do público nos mesmos a cada novo encontro, lembrando que novos participantes são bem-vindos. Ênio ainda falou da criação do grupo Consciência para unir os três núcleos do IFFar no Campus Júlio de Castilhos, o Nugedis, o Neabi e o Napne, todos ligados a Coordenação de Ações Inclusivas.

Durante sua fala sob o tema “ Identidade de gênero e orientação sexual: conceitos e (re)construções”, Monalisa destacou a mudança na sociedade nos últimos 30, 40 anos, colocou que como as influências sociais não são totalmente visíveis, parece para nós que as diferenças entre homens  mulheres são naturais, totalmente biológicas, quando, na verdade, boa parte delas é influenciada pelo convívio social. Sua fala se estendeu por mais de duas horas e esclareceu várias dúvidas, inclusive de alunos da Licenciatura de como falar sobre esse tema na sala de aula.

Para finalizar, deixaremos alguns conceitos trazidos por Monalisa:

•  “Sexo” é o conjunto dos nossos atributos biológicos, anatômicos, físicos e corporais que nos definem menino/homem ou menina/mulher.
•  "Gênero" é tudo aquilo que a sociedade e a cultura esperam e projetam, em matéria de comportamento, oportunidades, capacidades etc. para o menino e para a menina.
•  A identidade de gênero faz referência a como nos reconhecemos, como nos autoidentificamos dentro dos padrões de gênero estabelecidos socialmente (padrão binário = homem/mulher).
•  O gênero com o qual uma pessoa se identifica pode ou não concordar com o gênero que lhe foi atribuído quando de seu nascimento.
• Transgênero: A vivência de um gênero discordante do que se esperaria de alguém de um determinado sexo (biológico) é uma questão de identidade, e não um transtorno (doença). Esse é o caso das pessoas conhecidas como travestis, e das transexuais, que são tratadas, coletivamente, como parte do grupo chamado “transgênero”, ou mais popularmente, trans.
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