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Notícias Júlio de Castilhos

Aula inaugural traz egressa para discutir racismo

Publicado em Segunda, 10 de Novembro de 2025, 20h58 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

A aula da Especialização em Práticas Educativas em Humanidades no IFFar – Campus Júlio de Castilhos trouxe a egressa Laura Aguiar para falar sobre racismo

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 O Instituto Federal Farroupilha – Campus Júlio de Castilhos realizou, na noite de 6 de novembro de 2025, a aula inaugural do curso de Especialização em Práticas Educativas em Humanidades, no auditório do prédio administrativo. O encontro reuniu autoridades, professores, estudantes e comunidade acadêmica.

Com o tema “Avanços e barreiras para efetivação da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) nas escolas públicas”, a palestra foi ministrada por Laura da Silva de Aguiar, mestre e doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ela é egressa do curso técnico em agropecuária e da licenciatura em ciências biológicas do IFFar – Campus de Júlio de Castilhos.

A mesa de abertura contou com a presença da diretora-geral substituta do campus, Juliana Mezomo Cantarelli, e do coordenador do curso de especialização, professor Aristeu Castilhos da Rocha. Também estiveram presentes docentes e estudantes do IFFar e representantes da comunidade local.

Em sua fala, o professor Aristeu destacou o processo de criação do curso e a importância de promover espaços de reflexão crítica sobre o papel das humanidades na educação. Já a professora Juliana Cantarelli ressaltou a relevância da formação e da convidada para o fortalecimento da educação pública. “A Laura representa o que acreditamos como instituição: uma educação pública, gratuita e de qualidade, comprometida com a transformação social”, afirmou.

Durante a palestra, Laura Aguiar apresentou um panorama histórico da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) no Brasil, destacando o marco legal das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que tornaram obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas.

A pesquisadora abordou ainda as políticas públicas de ações afirmativas, as normas estaduais e documentos orientadores, como a Portaria nº 470/2024, que ampliou a fiscalização do Tribunal de Contas sobre o cumprimento da legislação também nas escolas estaduais.

Laura refletiu sobre os desafios de efetivar, na prática, o que está previsto em lei. “Já se passaram mais de 20 anos da aprovação da legislação, mas ainda falamos em implementar, e não em efetivar a ERER”, destacou. Segundo ela, um dos principais entraves está na formação docente, já que muitos professores não se sentem preparados para abordar temas como racismo, negritude, branquitude e letramento racial em sala de aula.

A palestrante também alertou para o caráter eurocentrado dos currículos escolares e o racismo estrutural presente nas instituições de ensino e na sociedade brasileira. “Vivemos em um país que foi formado a partir da escravidão, e esse passado estruturou uma sociedade desigual, em que o racismo está presente em todas as esferas”, afirmou.

O evento marcou o início de uma nova etapa no campus, reafirmando o compromisso do IFFar com a formação de educadores críticos, éticos e comprometidos com a inclusão, a diversidade e os direitos humanos.

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