Egressa do IFFar – Campus Júlio de Castilhos retorna à instituição para defender mestrado sobre aves amazônicas em ilhas artificiais
Rayssa Tormes do Amarante, licenciada em Ciências Biológicas pelo IFFar-JC, defendeu sua dissertação de mestrado em Ecologia no campus, após realizar sua pesquisa de campo no coração da Amazônia.

Rayssa Tormes do Amarante, egressa do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFFar – Campus Júlio de Castilhos e da especialização em Biodiversidade e Conservação do IFFar – Campus Panambi, defendeu no dia 25 de junho de 2025 sua dissertação de mestrado intitulada “Diversidade beta de aves de sub-bosque em um arquipélago de ilhas florestais artificiais na Amazônia”.
O professor Anderson Saldanha Bueno destaca que Rayssa ingressou, em 2023, no Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o mais antigo do país na área e detentor da nota máxima (conceito 7) na avaliação da CAPES. “Sua pesquisa envolveu 12 meses de trabalho de campo, realizados entre junho e dezembro de 2023 e 2024, na Reserva Biológica do Uatumã – a maior reserva biológica do Brasil – e em áreas adjacentes ao Lago da Usina Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo (AM)”, disse ele.
Sobre a área de estudo, Rayssa explica que, antes de 1987, a região era composta por uma extensa floresta contínua. A construção da Usina Hidrelétrica de Balbina represou o rio Uatumã, afluente do rio Negro, resultando na inundação de cerca de 300 mil hectares de floresta. Os topos dos morros permaneceram acima do nível da água, formando o maior arquipélago de ilhas artificiais criadas por uma hidrelétrica no Brasil, com mais de 3.500 ilhas.
Ao longo da pesquisa, Rayssa registrou mais de 1.600 aves de sub-bosque em 32 ilhas artificiais e 5 locais em floresta contínua. Além dela, participaram do trabalho de campo na Amazônia Ivana Cardoso, egressa do IFFar-JC, e Felipe de Brum Fernandes, discente da Licenciatura em Ciências Biológicas. O estudo, orientado pela Dra. Cíntia Cornelius (Universidade Federal do Amazonas – UFAM) e coorientado pelo Dr. Anderson Saldanha Bueno (IFFar JC), investigou a influência da área e do isolamento das ilhas sobre a diversidade beta de espécies e de funções ecológicas dessas aves. A pesquisa contou com parcerias com instituições nacionais e internacionais, envelvendo INPA, UFAM, IFFar e a University of East Anglia (Reino Unido), além de apoio financeiro da British Ecological Society (Sociedade Ecológica Britânica).
A defesa ocorreu em formato híbrido, com apresentação presencial no auditório do prédio A do IFFar-JC e transmissão simultânea pela plataforma Zoom. Participaram 26 pessoas, sendo nove presencialmente e 17 remotamente. A banca avaliadora foi composta por pesquisadores de destaque: a Dra. Ana Filipa Palmeirim (Portugal), professora visitante da Universidade Federal do Pará (UFPA); o Dr. Sérgio Henrique Borges (UFAM); e o Dr. Franchesco Della Flora (IFFar JC). Após a apresentação e a arguição, a dissertação foi aprovada por unanimidade, com elogios à qualidade do trabalho desenvolvido.
“O IFFar contribuiu diretamente para a minha formação acadêmica, oferecendo não apenas um ensino de excelência, mas também oportunidades concretas de pesquisa, orientação e apoio contínuo. Foi essa base sólida, construída ao longo da graduação, que me permitiu alcançar conquistas como a especialização e o mestrado”, destaca Rayssa.
“E isso tudo só foi possível porque o IFFar é feito por pessoas extraordinárias, que realmente acreditam na formação dos alunos e nos seus sonhos. Destaco com carinho a professora Tatiana Balem, minha primeira orientadora, com quem tive meu primeiro contato com a pesquisa, e o professor Anderson Bueno, que me acompanha desde o último ano da graduação. Ele trabalha com o coração, é alguém genuinamente apaixonado pela ciência e pelo ensino, e sua empolgação e dedicação são tão contagiantes que nos inspiram a seguir pelo mesmo caminho”, completa a mestra em ecologia.
Anderson enfatiza que a defesa de Rayssa representa não apenas a conclusão de uma etapa fundamental de sua trajetória acadêmica, mas também o fortalecimento do vínculo entre o IFFar e instituições de excelência em pesquisa, como o INPA. Sua jornada inspira novos estudantes e reafirma o compromisso do IFFar com uma formação científica pública e de qualidade.
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