No dia 01 de outubro é comemorado o dia do idoso. Criado em 1991 por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo dar reconhecimento e valor aos idosos. Existe um tabu criado em cima de pessoas que, a partir de certa idade, se tornam seres incapazes e excluídos da sociedade. Porém, os próprios idosos já provam o contrário, mostrando sua capacidade e independência em seus afazeres.

Em alguns locais, regiões e culturas o idoso é muito respeitado por seu conhecimento que foi adquirido através de anos de experiência e vivência. Na cultura indígena, por exemplo, é usado a inteligência e sabedoria dos idosos para a criação de remédios medicinais naturais. Na China, Japão e Coreia eles estão sempre no topo das prioridades familiares e sociais. No Brasil, ainda tímidas iniciativas de valorização a população idosa tem sido desenvolvidas.

Com a idade, as limitações são inevitáveis, e por isso, é importante reforçar a necessidade da ajuda familiar e das pessoas próximas aos idosos conforme cristaliza a Lei do Estatuto do Idoso no art. 3º onde ressalta que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. É urgente e importante garantir os recursos necessários para o idoso poder melhorar a sua qualidade de vida, saúde e, por fim, o conforto e segurança familiar.

De acordo com estimativa de 2019 do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de idosos no Brasil já ultrapassou a marca dos 32,9 milhões de pessoas, representando 13% da população do país. Essa taxa tende a aumentar, e com isso faz-se necessário desenvolver estruturas relacionadas à saúde, trabalho, assistência social, educação, cultura, esporte, habitação e meios de transporte, para poder integrar o idoso no processo de desenvolvimento social e econômico.
Para reforçar essa integração do idoso, torna-se importante desenvolver mecanismos para ampliar e melhorar a acessibilidade, assim como proporcionar um envelhecimento ativo que ficou bastante fragilizado no processo da pandemia do COVID19. O Instituto Federal farroupilha (IFFar) Campus Júlio de Castilhos, com sua responsabilidade de instituição pública, alicerçado no projeto PRO-ID@DE: ECOSSISTEMA COLABORATIVO DE MONITORAMENTO E COMUNICAÇÃO PARA O ENVELHECIMENTO ATIVO tem desenvolvido atividades de contribuições ao fortalecimento de inclusão do público idoso a sociedade, bem como de trabalho de prática da técnica dos alunos e empatia da realidade dos idosos de sua região.

Um dos objetivos do é monitorar o idoso através das tecnologias não invasivas (sensores), de baixo custo, para gerar o bem estar do idoso, o conforto familiar, a segurança do idoso e a comunicação com a família, cuidadores e responsáveis diretos em tempo real. O projeto de pesquisa e inovação PRÓ-ID@DE foi comtemplado com fomento através do Edital 05/2020 – Empreendedorismo Inovador, e está em andamento no Campus Júlio de Castilhos. É coordenado pela professora Thais Andrea Baldissera e tem como professores colaboradores Maria Angelica Oliveira, Paulino Tavares e Everton Horst. Envolve estudantes do curso técnico em informática, técnico em comércio e bacharelado em administração. São realizadas atividades dedicadas ao desenvolvimento de uma rede de sensores e dispositivos inteligentes que coletam informações e interagem com os clientes (familiares) para otimizar os serviços prestado aos idosos. Isso demonstra que, o PRÓ-ID@DE tem um potencial não só de monitorar, mas também de contribuir para agilizar o processo das demandas do idoso como as assistências psicológicas, sociais, médicas, hospitalares, políticas públicas, entre outras, que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos idosos. O projeto está potencializando a consolidação da inserção ativa do idoso na sociedade e a participação dos amigos e familiares no dia-a-dia do idoso mesmo a distância. Vemos que é uma responsablidade da sociedade mas também nossa responsabilidade, afinal NÓS SOMOS OS IDOSOS ATIVOS DO AMANHÃ.

Texto: Professores Thais Andrea Baldissera e Paulino Varela Tavares com colaboração dos acadêmicos do Curso Superior de Bacharelado em Administração Amanda Gomes Maidana e Guilherme Lima

Imagens:Thais Andrea Baldissera