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Informe NEABI-SB/UG | Mês da Consciência Negra | Diário 9
Oliveira Silveira utilizava a poesia para desconstruir o passado do Rio Grande do Sul, que silenciava a história da população negra.
SIM: QUERÊNCIA
I
Sim: querência
vastidão, liberdade
e aqui me agrilhoaram.
Sim: querência
tropas ao saladeiro
e aqui me charquearam.
Sim: querência
tropas de guerra, lanças
e me puseram na linha de frente
morte como alforria.
Sim: querência
baile de branco/baile
de negro
e aqui me barram na porta.
Me barram porta de emprego.
Querência: sim
pois querer é adoçar.
Querência sim
mas com esse gosto amargo.
/../
QUERÊNCIA SIM
CADA VEZ MAIS
QUEIRAM OU NÃO.
(Silveira, 1977:15)
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