O PROJETO DE EXTENSÃO “HISTÓRIAS DE KUIÃS E GRIÔS” COMEÇA A TEMPORADA DE APRESENTAÇÕES
O projeto de extensão “Histórias de Kuiãs e Griôs”, desde 2022, vem contando histórias de literatura afro-indígena para estudantes da rede pública da região de abragência do IFFar-FW, com o intuito de promover o letramento racial e literário da população. Com a chegada do mês de novembro, durante o qual se comemora o dia da Consciência Negra (20 de novembro), inicia-se a temporada de apresentações em escolas.
Na terça-feira, dia 29/10, o projeto fez um pocket show durante a Mostra Cultural Local, no IFFar-FW, recontando três histórias: “O coração do baobá”, de Heloísa Pires Lima, “A menina que nasceu sem cor”, de Midria, e “Dumazi e o grande leão amarelo”, de Valanga Khoza.
Na quarta-feira, dia 30/10, o projeto fez sua primeira apresentação da termporada 2024, na escola Mathias Balduíno Huppes, em Cristal do Sul, RS. Além das histórias anteriormente recontadas durante a Mostra Cultural Local, foram apresentadas “A viagem do velho baobá”, de Inaldete Pinheiro Andrade, “Malu, me empresta o lápis cor de pele?”, de Helen Gaia, “A origem do fogo”, de Daniel Munduruku, e “Onde a onça bebe água”, de Verônica Stigger. Ainda estão planejadas, para a temporada de 2024, apresentações em Caiçara, Erval Seco, Frederico Westphalen, Iraí, Palmitinho, Seberi, Taquaruçu do Sul, Vista Alegre.
A fim de promover uma interação diversa e qualificada com o público, o projeto reconta histórias por meio de diversas técnicas, incluindo o teatro, o teatro de fantoches, a leitura com projeção de ilustrações, a contação apoiada em materiais de papelaria.
O projeto é uma iniciativa do Curso de Licenciatura em Letras, do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e envolve, como contadores de histórias, os estudantes de Ensino Médio Integrado Elisa Bitencurt Ceolin, Fabiana Damasceno de Oliveira, Giovanna Maria Silva Martinez da Rosa, Isis Natali de Oliveira e Weslei Nascimento Polita. O título do projeto faz referência aos kujás, os ‘curadores’ do povo Kaingang, responsáveis por mediar as relações entre humanos e natureza. Griôs, por sua vez, são os contadores de histórias africanos, que guardam a sabedoria e a cultura de vários povos daquele continente.
Texto por César Augusto González
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