IFFar
Por alguns segundos, o céu de Santa Rosa concentrou os olhares atentos de estudantes e professores, acompanhando a trajetória dos foguetes lançados na final da Mostra de Foguetes do IFFar.
Publicado em Notícias IF Farroupilha
- 18/11/25
- 14h05
Projeto de pesquisa desenvolvido no Campus Santo Augusto alia ciência, inclusão alimentar e formação estudantil ao investigar melhorias na qualidade de alimentos sem glúten. A proposta busca beneficiar pessoas com desordens relacionadas ao glúten, promovendo saúde e acessibilidade nutricional.

Pesquisa do Campus Santo Augusto desenvolve alimentos sem glúten mais nutrivos e garante segurança alimentar através de análises laboratoriais rigorosas
O glúten é uma proteína naturalmente presente em cereais como o trigo, a cevada e o centeio. Ele é o responsável por conferir elasticidade e estrutura a alimentos como pães e massas, funcionando como uma espécie de “cola” que mantém os ingredientes unidos. Para a maioria das pessoas, o consumo de glúten é seguro e não oferece riscos. No entanto, algumas pessoas precisam evitá-lo devido a desordens específicas, como a doença celíaca ou a sensibilidade ao glúten. A seguir, conheça as principais condições relacionadas a essa proteína.

Fonte: FENACELBRA
Entre essas condições, a doença celíaca é considerada a mais grave. De acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA), estima-se que a enfermidade afete cerca de 1% da população mundial. No Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas convivem com a condição, embora a maioria ainda não tenha recebido diagnóstico.
Diante da demanda nutricional cada vez mais crescente por produtos livres de glúten, surgiu no IFFar - Campus Santo Augusto, o projeto “Desenvolvimento e caracterização de produtos sem glúten”, coordenado pela técnica de laboratório Maria Fernanda da Silveira Cáceres de Menezes.
Os produtos sem glúten, embora essenciais para pessoas com alguma dessas condições, costumam apresentar baixo valor nutritivo e menor qualidade sensorial (aroma, cor ou sabor menos atrativos para os consumidores). A iniciativa busca reverter esse quadro, testando novos ingredientes e formulações que agreguem proteínas, fibras e segurança microbiológica aos alimentos (controle e prevenção da presença de microrganismos indesejáveis como bactérias, fungos, leveduras e vírus).
“Nosso objetivo é desenvolver produtos de panificação sem glúten que sejam enriquecidos nutricionalmente. É comum que esses alimentos tenham baixo teor de nutrientes, justamente pela ausência do glúten, então buscamos alternativas mais saudáveis e seguras, sem prejuízo do sabor”, explica Maria Fernanda.
Financiada com recursos do próprio IFFar, a pesquisa conta com a participação de dois estudantes: um bolsista do segundo ano do Técnico Integrado ao Ensino Médio de Alimentos, e um colaborador voluntário do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos.
O bolsista Tiago Artur Atuati conta que desde o início do ensino médio tinha interesse pela iniciação científica. “Sempre busquei uma oportunidade que se relacionasse com o eixo de produção alimentícia. Quando surgiu essa chance, me identifiquei de imediato”, ressalta. Hoje ele atua nas atividades laboratoriais do projeto e participou diretamente da formulação e dos testes do primeiro produto desenvolvido: um brownie proteico sem glúten.

Amostras do brownie proteico sem glúten produzidas durante a pesquisa | Foto: divulgação
A escolha do brownie foi estratégica. Por não depender do crescimento da massa, como ocorre nos bolos, a receita apresenta bons resultados mesmo sem o uso de glúten. “Não tivemos dificuldade quanto à textura ou ao sabor, mas o desafio agora é ajustar a quantidade de proteína para que o produto atenda à legislação como fonte proteica”, relata o estudante.
As análises realizadas no projeto, físico-químicas, microbiológicas e tecnológicas, são essenciais para assegurar a qualidade dos produtos desenvolvidos. As primeiras avaliam características como umidade e composição nutricional; as microbiológicas garantem a segurança sanitária ao identificar possíveis contaminações; já as tecnológicas observam aspectos como textura, conservação e estabilidade. Juntas, essas etapas ajudam a validar a segurança, o valor nutricional e a durabilidade dos alimentos sem glúten. “Eles previnem riscos à saúde e reforçam nosso compromisso com a qualidade”, destaca Tiago.
Para o bolsista, a experiência tem proporcionado uma verdadeira imersão na realidade dos laboratórios, aproximando teoria e prática. “O projeto me ajudou a ganhar confiança como pesquisador e ampliar a compreensão dos conteúdos do curso”.
As etapas da produção são realizadas nos laboratórios da instituição, que conta com infraestrutura própria. Segundo a coordenadora, a metodologia foi pensada para aproveitar os recursos disponíveis na instituição e ao mesmo tempo ser executável por alunos do ensino médio.
Além da proteína de soja, o projeto chegou a testar ingredientes como a batata-doce biofortificada e a ora-pro-nobis. Maria Fernanda diz que a escolha da batata-doce se deu por suas qualidades nutricionais e pelo histórico de pesquisas desenvolvidas no próprio campus, cujos resultados demonstraram seu potencial tecnológico e valor nutritivo na produção de alimentos. Já a ora-pro-nobis foi incluída inicialmente pelo alto teor de proteínas, mas precisou ser retirada da formulação após a Anvisa suspender seu uso como suplemento alimentar, por falta de comprovação científica. A equipe agora investiga novas fontes de proteína vegetal e animal para compor as próximas receitas.
O brownie proteico já foi apresentado no Workshop Integrando Saberes e submetido à Jornada de Iniciação Científica do IFFar – Campus Santa Rosa. A proposta, segundo a coordenadora, é seguir aprimorando a formulação e, no futuro, expandir a linha de produtos. Ainda sem parcerias externas, o projeto busca oportunidades de colaboração com o setor produtivo para transformar os resultados em soluções reais para o mercado de alimentos funcionais.

O estudante e bolsista Tiago Atuati durante apresentação do brownie proteico sem glúten no Workshop Integrando Saberes
Além dos resultados científicos, a iniciativa tem promovido uma formação mais crítica e engajada entre os estudantes envolvidos. “Participar de uma iniciativa como essa amplia a visão de mundo e o preparo profissional dos estudantes”, destaca Maria Fernanda. Tiago compartilha do mesmo sentimento. “Pretendo seguir na pesquisa. Vejo nela um caminho de aprendizado contínuo, inovação e contribuição social”.
Importante saber: Nem todo mundo reage da mesma forma ao glúten. Só um médico pode identificar se você tem algum problema e indicar o melhor tratamento. Evitar o glúten por conta própria pode esconder sinais importantes, dificultar o diagnóstico e até causar falta de nutrientes. Antes de mudar sua alimentação, procure um profissional da saúde na Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa.
Secom
Redação: Daniele Vieira - Estagiária de Jornalismo
Arte: Bruna M. Bulegon - Diagramadora
Revisão: Rômulo Tondo - Jornalista
Colaborador: Elisandro Coelho - Relações Públicas
Publicado em Notícias Santo Augusto
- 18/07/25
- 12h26
Projeto de pesquisa desenvolvido no Campus Santo Augusto alia ciência, inclusão alimentar e formação estudantil ao investigar melhorias na qualidade de alimentos sem glúten. A proposta busca beneficiar pessoas com desordens relacionadas ao glúten, promovendo saúde e acessibilidade nutricional.
Publicado em Notícias IF Farroupilha
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Instituído pelas Leis nº 10.221/2001 e nº 11.807/2008, o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador e da Pesquisadora Científica, celebrado em 8 de julho, reforça a importância da produção científica para o país. No IFFar, docentes e estudantes demonstram, por meio de suas experiências, como a pesquisa contribui para a formação e a transformação social.
Publicado em Notícias IF Farroupilha
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Você já parou para pensar em quantas decisões do dia a dia envolvem a matemática?
Desde calcular o troco na feira, planejar o tempo entre casa e escola até dividir uma pizza no fim de semana — tudo passa por ela. Para muitos, a matemática é vista como uma disciplina difícil. Mas, para um grupo de estudantes do IFFar, ela representa também um caminho de oportunidades — e, agora, de reconhecimento.
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- 09h30
Desde que iniciou suas atividades como bibliotecária do IF Farroupilha – Campus Santo Augusto, Daniela d’Acampora tem desenvolvido projetos e realizado trabalhos no sentido de incentivar a leitura e de manter viva a arte de contar histórias, uma fonte inesgotável de aprendizado, principalmente para crianças.
Ela, que sempre gostou de fábulas, causos e dos mais diversos tipos de histórias, sabia exatamente em que reino gostaria de viver para se sentir sempre feliz: o reino encantado dos livros; instrumentos que levam a viajar, sonhar e a visualizar uma realidade que só eles são capazes.
Desta forma, tornou-se bibliotecária e uma excelente contadora de histórias, que tem feito a alegria de muitas crianças, e (por que não?) de adultos também, onde quer que leve essa arte milenar.
As mais recentes contações feitas por ela aconteceram nos dias 18 de abril e 04 de maio.
Em abril, a atividade foi programada para o dia 18, por ser justamente o Dia Nacional do Livro Infantil. A “Hora do Conto” foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São João, em Santo Augusto, com a participação de 93 crianças.
O evento do dia 04 de maio foi no auditório do Campus Santo Augusto, em forma de palestra, por se tratar de uma formação para os professores da Escola Dom Pedro I de Nova Ramada. Participaram 23 professores, e o assunto também foi a “Hora do Conto”.
Daniela se disse surpresa com a empolgação por parte dos docentes, que agradeceram e saíram empolgados para, através de uma ferramenta tão simples, levar aos alunos momentos de magia e encanto de uma boa história, capazes de exercitar a imaginação, e ao mesmo tempo incentivar a leitura, a escrita, e proporcionar momentos de lazer.
A Coordenadora Pedagógica da Escola Dom Pedro I, Loreci Antônia Thomasio, achou tudo maravilhoso... “Foi empolgante, produtivo e muito divertido; ficamos todos encantados, como crianças”, disse ela.
Analisando as atividades, Daniela conclui que “é muito gratificante acompanhar a dedicação e o empenho das escolas, em realizar um evento e lembrar de proporcionar aos alunos momentos prazerosos através da contação de histórias, ou de falar a tantos educadores, que podem igualmente promover essa alegria junto aos seus alunos”.
https://iffar.edu.br/component/k2/itemlist/tag/356-santo-augusto#sigProId8c70cbc950
Publicado em Notícias Santo Augusto
- 11/05/16
- 10h30
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